Vivi tanto
que já não tenho outra noção
de eternidade
que não seja a duração da minha vida
(Em Torno do Imponderável, 2012)
Fonte:Publico.pt
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
(O Grito Claro, 1958)
Não conhecia o senhor, mas pelo poema que aqui deixaste era de certeza um senhor de muito talento.
ResponderEliminarQue ele possa descansar em paz.
beijinho
Aconselho a leitura da obra deste autor.
EliminarBeijinho
Lindo texto, o senhor que faleceu estou conhecendo através do seu blog, que por sinal tem assuntos bastantes interessantes.
ResponderEliminarParabéns pelo blog, já estou te seguindo.
Abraços.Sandra
Obrigada pela amabilidade.
EliminarAbraço
Não o conhecia,mas pelo que vi devia ser importante por aí! beijos,tudo de bom,chica
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarOuvi hoje a na Antena 1 sobre a morte do poeta, com a morte António Ramos Rosa a cultura ficou mais pobre, será que os que lamentaram a morte daquele que tanto mal desejou ao povo português de nome Borges, lamenta a morte do grande poeta?
ag
Confesso que desconheço o assunto que coloca.
EliminarHá muito que lia o Ramos Rosa e achei por bem fazer uma humilde homenagem . Quando morre um poeta há um pedaço de cada um de nós a empobrecer, sobretudo quando lhe conhecemos a obra.
Abraço
Os poetas nunca deviam morrer.
ResponderEliminarLa vida está llena de desconocidos que merecieran ser conocidos por todos. Tal vez este para mí desconocido sea uno de ellos.
ResponderEliminarNão acompanhava o trabalho dele mas conheci melhor o homem e o poeta depois da morte e apaixonei-me.
ResponderEliminarMorre um homem, mas fica a sua poesia que será eterna.
ResponderEliminar"Os poetas nunca morrem porque continuaremos a viver a sua poesia"
Carlos Alberto
Passando para te desejar uma boa semana!!
ResponderEliminarAbraços.Sandra
precioso poema, compañera. El grito del que no puede aplazar el amor por la vida.
ResponderEliminarUna pena que muriera otro poeta; pero como me dijiste tú hace poco, los poetas no mueren ya que su poesía les hacer revivir cada vez que los leemos..
He de buscar mas lectura de Antonio Ramos Rosa, definitivamente escribía con el corazón.
A obra será eterna!
ResponderEliminar¡Hola María!!!
ResponderEliminarPreciosos versos nos dejas, amiga: Claro que no se puede o no se debe posponer el abrazo o el amor. Lo que puedas hacer hoy no lo dejes para mañana, porque puede ser tarde, debemos vivir cada instante como si fuera el último.
Siento la muerte del poeta, paro a pesar de todo, por aquí quedan sus letras su legado, para seguir recordándolo.
Gracias María, por dejarnos tanto y tan hermoso.
Un abrazo y se muy muy feliz.