sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

É preciso ser um dreamer


Aproximava-se lentamente. Cada passo, o custo supremo, como se o caminho fosse constituído por espaço sólido a três dimensões. O semblante triste e vazio.
- Então?
- Mais um dia!
A resposta seca de quem carrega inutilmente o pesado fardo da vida. Questionamo-nos tanto acerca da tudo, em busca da resposta e invariavelmente ela é vaga e confusa.
O dia parece cinzento e deprime. As cores da rua são difusas e o espaço torna-se igual a todos os espaços onde a vida parece ter perdido a alegria das cores. Em África isto não acontece. As cores garridas estão espalhadas mesmo nos lugares onde a miséria é um facto. Os cheiros são intensos. Tudo é intenso. Talvez seja este facto que confere a este famigerado continente a força dos exageros que o Homem comete.
A loucura verteu-se em cima do mundo. O reino de cá parece mais voltado para lá. As perspectivas de futuro esbatem-se no temor de dias piores.





4 comentários:

  1. María, aunque aquí el día está lluvioso, con el cielo plomizo que parce estar anocheciendo, "nunca llovió que no escampara". Es decir; todo se arreglará por muy oscuro que lo veamos. Así lo espero.
    Salu2.

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  2. O reino perdido, às moscas abandonado, é mesmo o maior assassino de sonhos; difíceis de concretizar, porém, num outro sítio qualquer. Estamos por isso condenados a (sobre)viver um dia de cada vez, esforçando-nos para que não se desvaneça a esperança em tempos melhores, amanhã.

    Beijos

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  3. Que o sol volte depressa para ti Maria.

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