- E agora Maria?
Quantos quilómetros de vida te
restam?
Um dia o Chico telefonou-te
prometendo voltar a fazê-lo no dia seguinte. Não te disse ele que tinha apenas
cerca de 180 km de vida… por isso não te chegou a telefonar. Tu ainda nem
apagaste o número dele do teu telefone. Ele morreu, mulher! Encara isso com
mais normalidade. Pensavas que a morte só acontece a desconhecidos? Não! Amanhã
é dia um de Agosto. Faz dois anos que morreu a tia Ilda. Estava a cento e tal
quilómetros da tua vida. Choravas quando a ias visitar. Agora choras porque não
a podes visitar… em que ficamos?
Gostavas de ter uma ideia dos
quilómetros que tens ainda para percorrer. Assim deixavas tudo organizado para
não sentirem muito a tua falta. Arrumavas os teus livros divididos por temas.
"Estimem os livros" (escreverias em papeis, colocando-os dentro de cada volume).
Não sei o que te preocupa mais: se a
distância da morte se o caminho que a vida te vai obrigar a fazer para ir ao seu
encontro.
Quando te olhas ao espelho perguntas sempre:
Quando te olhas ao espelho perguntas sempre:
- E agora Maria?
Tinha razão o Cardoso.
Tinha razão o Cardoso.
A lo mejor el tiempo, y experiencias como ésta, van moldeando al ser humano, hasta que acepta la idea de morir, a sabiendas de que es inevitable, con mas tranquilidad y resignacion. Aun asi, aceptar la partida de los seres queridos, a veces resulta mucho mas dificil.
ResponderEliminarYo no creo que el tiempo cure, haga olvidar, o permita entender, pero que si es un factor determinante para aprender a aceptar lo inevitable.
Muitos beijos
Cierto que gran verdad ,pero el problema es todo tiene su limite y el tiempo hay cosas que no cura nunca.
ResponderEliminarBEIJOSSS MOITOS