Hoje fui a Santiago de Compostela. Não usei os caminhos correctos, aqueles trilhados por gente de fé, feitos levando o corpo sobre os pés. Fui de carro e o que é pior é que fui pela autoestrada.
A cidade carece de informação que nos permita chegar à catedral. É uma cidade limpa e hoje estava particularmente cheia de luz...mas... não conseguia chegar ao meu destino. Bastantes pedidos de informação depois, lá consegui uma aproximação do lugar. Nuestros hermanos não nos entendem, também não percebo porque razão, uma vez que o galego é similar ao português. Adiante.
Uma
vez no santuário fiz a minha visita, respeitando os trâmites da
tradição: abraçar o santo pelas costas.
Fascinante a magnitude arquitectónica! Reza a história que o início da sua construção aconteceu por volta de 1075 o que nos deixa perplexos dada a fraca capacidade tecnológica da época...
Fascinante a magnitude arquitectónica! Reza a história que o início da sua construção aconteceu por volta de 1075 o que nos deixa perplexos dada a fraca capacidade tecnológica da época...
Tudo isto se esbateu na minha
mente com o que me aconteceu à saída: estava um jovem plantado no meio
da escada a pedir (pasmem) abraços...
" Dame un abrazo que no te pido
dinero".
Sem pensar duas vezes, instintivamente, abracei o estranho... nem
me passou pela cabeça que me poderia agredir, roubar ou infectar com
uma doença qualquer.
Porque estaria a fazer aquela coisa estranha que é pedir abraços na
escada de uma catedral? Também lá estava uma senhora a pedir esmola, com
a boca repleta de dentes de ouro...mas isso não me pareceu estranho!
Estranho é pedir abraços.... quando me afastei fiquei a observar o
rapaz...coitado, ninguém o abraçava...
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