quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Devaneios

Às vezes as quimeras são como bombas impedidas de explodir pelo cansaço das mãos feitas de tréguas.
Há o trémulo sentimento esbatido na boca ensurdecida pelo segredo da noite. É como o vómito calado pelas algemas que se prefiguram na vontade de nunca ter sido.
Não sou.
Fui.
Levanto o corpo confundido pelos gritos do Outono.
Ainda há rebentos de sensações em toda a extensão da minha monotonia...solavancos de ideias cremadas na concepção.

A sirene do tempo soa e o aroma tacteia a fragilidade do que somos enquanto pensamos não ser. É como se pudessemos inverter a polaridade solitária da nossa incompreendida presença. Se há ausência, essa é uma espécie de dicotomia octogonal que a escrita arremessa à alma.


9 comentários:

  1. Devaneios de outono interrompidos pela alvura de uma rosa!

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  2. Olá,
    O outono é uma estação linda e de grande rebentos de dia ou de noite.
    Encantado pela beleza que escreveu.

    ag

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  3. A sirene do tempo soa... Seu poema está em mim, em cada batida do meu coração... BELÍSSIMO!

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  4. Adoro este teu lado inspirado, escreves muito bem.

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  5. ¡Hola, Sol!!!

    Nos dejas un texto poético y precioso que nos habla del otoño con algo de melancolía: Y es verdad que esta estación produce eso. A mí por lo pronto me pasa.
    Es como el amor que se va, sentimos nostalgia, pero otro llegará para darnos la recompensa
    Que no falten las quimeras siempre a mano, sin ilusiones no andamos para delante! Se necesita ese halo ilusionado para vivir con alegría y entusiasmo, aunque sea otoño, ese tiempo más tristón que a casi todos nos afecta, también pasa, y llega de nuevo otra primavera, y saldrá el sol que nos alegra.

    Un abrazo grande y mi estima para ti siempre.
    Se muy feliz. Gracias por tu visita.

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  6. Que lindo te ler!! Apenas chegada de volta, estou agradecendo o carinho! Quanto aos céus, podes mandar pro email:

    rtazza@gmail.com e junto, o link do teu blog,tá?


    beijos,chica

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  7. O Outono inspira os poetas, já vi. Bjs

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  8. Hermoso.
    Hoy me duele no comprender mejor el Portugués.

    No dejes de escribir, María do Sol

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  9. La poesìa tiene olor a otoño.

    un abrazo

    fus

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