Hoje fui ver pela primeira vez, o José Cid ao vivo (e a cores). Lembro-me de não o apreciar no auge da sua carreira, ou seja, na minha juventude. Naquela época eu gostava era do Zeca Afonso, do Sérgio Godinho e do Fausto. Gostava de canções de intervenção. Tudo que fosse popular, que entrasse facilmente no ouvido do povo, não entrava no meu coração.
Ouvia Joan Baez, Queen, Pink Floyd, Lene Lovich, Kate Bush, Melani Safka, Pink Floyd, Dire Straits, Scorpions, Nina Hagen, Bob Dylan, Peter Gabriel, Marillion.
Tentava descobrir novas vozes nos discos de vinil dos meus amigos. A musica era uma espécie de álibi para sufragar as coisas más dos dias menos bons.
Hoje fui ver o concerto das festas da cidade, cujo cabeça de cartaz é José Cid, nome artístico de José Albano Salter Cid Ferreira Tavares, nascido na Chamusca em 1942.
A ideia era ficar uma ou duas canções... mas fui ficando e...gostando. Surpreendentemente eu sabia todas as letras e com facilidade acompanhei o cantor, trauteando baixinho cada melodia. Fez um espectáculo leve, apresentou outros talentos que o acompanham, fez um dueto com José Perdigão...
O tempo passa por nós ou nós por ele...há quem creia que o tempo é sempre o mesmo. Sofremos metamorfoses com o avançar da idade.
Gostei do concerto. Dei conta de que o José merece todo o meu respeito pela tenacidade, por continuar a compor, enfim, por me ter feito recordar coisas. Esta é a forma de lhe agradecer.
Para um "setentão" não está nada mal, eu dava-lhe menos 20 anos, à vontade.
ResponderEliminarE eu, que não gosto, achei muito melhor ao vivo, do que noutro lugar qualquer. Foi uma bela surpresa, mesmo estando bem longe das cabanas, das praias, e sem favas ou chouriço a acompanhar. :D
Beijos